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quinta-feira, 11 de março de 2010

Terremoto como o do Chile não acontecerá no Brasil, diz especialista

O sismólogo João Carlos Dourado, do campus de Rio Claro da Universidade Estadual Paulista (Unesp), afirma que um grande terremoto como o que atingiu o Chile neste sábado (27) não vai atingir o Brasil. Segundo Dourado, por o Brasil estar no meio de uma placa tectônica não corre este risco. O terremoto que atingiu o Chile nesta madrugada teve 8.8 graus de magnitude.

“No Brasil, um grande terremoto deste, causado por esse tipo de tectônica não vai ocorrer. Isto porque o Brasil se localiza no meio de placa tectônica, enquanto o Chile se localiza numa borda. O Brasil está no meio dessa placa e no meio dessa placa não existem esforços tectônicos dessa magnitude pra gerar um terremoto desse”, afirmou o especialista.

O chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), George Sand França, destaca que os países do oeste da América Latina estão mais propensos a terremotos.

“A América Latina, principalmente a parte oeste, sempre foi vulnerável a terremoto. O Chile, Peru, parte da Colômbia, Equador também, esses países são países que têm um alerta frequente e devem ter um código civil bem distinto de qualquer outro país que está no meio da placa tectônica”, disse França.

O Chile está numa região sujeita a terremotos. O país já sofreu com o maior terremoto de toda a história, de 9,5 graus de magnitude, em 1960. O terremoto deste sábado foi provocado pelo choque entre duas placas tectônicas: a de Nazca, no Oceano Pacífico, e a sul-americana, na costa oeste do continente. O Chile fica na borda da placa sul-americana.

O choque entre as placas que cobrem a crosta terrestre é constante. Até que acontece um momento de ruptura, em que as rochas não agüentam mais a pressão do atrito e liberam a energia acumulada sob a forma de vibrações sísmicas, que provocam o terremoto.

A placa de Nazca, que fica no Oceano, desliza para baixo da placa sul-americana. Essas vibrações se propagam para grandes distâncias e podem ser sentidas bem longe do epicentro do tremor. Também provocam as ondas gigantes, ou tsunamis.

Segundo cálculos de cientistas, o terremoto do Chile foi até novecentas vezes mais forte que o do Haiti, um mês e meio atrás. Mas, segundo os especialistas, as conseqüências foram menos catastróficas porque, no Haiti, o epicentro foi próximo à capital, Porto Princípe, com três milhões de habitantes. No Chile, o epicentro foi no mar. Além disso, o Chile tem mais estrutura para enfrentar um desastre como esse.

“O Haiti é um país pobre, com construções muito precárias. O sismo do Chile foi a uma profundidade de 35 km. O do Haiti, a 10 km. Então, o do Haiti, apesar de ter uma magnitude menor, foi mais destrutivo porque ele foi mais raso”, disse Jorge Luís de Souza, pesquisador do Observatório Nacional.

Os cientistas dizem que não há como afirmar se os dois terremotos têm relação entre si, nem que a América Latina esteja mais vulnerável a tremores do que antes. Essa vulnerabilidade, na região do Oceano Pacífico, é antiga.

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